Quem São os Abraham
Abraham: É bom ter uma oportunidade de lhes visitar. Estendemos nossa apreciação a Esther por permitir essa comunicação e a você por solicitá-la. Temos considerado o imenso valor dessa interação, já que ela proporcionará uma introdução ao que somos para nossos amigos físicos. Mas, mais que uma mera introdução dos Abraham em seu mundo físico, esse livro proverá uma introdução ao papel do Não-Físico em seu mundo físico, pois esses mundos são inextricavelmente entrelaçados que não há como separar um do outro.
Também, ao escrever esse livro, estamos satisfazendo um acordo que estabelecemos muito antes de vocês virem para seus corpos físicos. Nós, Abraham, concordamos que permaneceríamos aqui, focados na amplitude, clara e, consequentemente, mais poderosa perspectiva Não-Física, enquanto vocês, Jerry e Esther, concordaram em vir para seus magníficos corpos físicos e para a Linha de Ponta do pensamento e criação. E uma vez que suas experiências de vida estimularam o desejo claro e poderoso, foi nosso acordo encontrarmo-nos com o propósito da poderosa co-criação.
Jerry, estamos ansiosos para responder sua longa lista de perguntas (deliberadamente preparada e lapidada a partir do contraste de suas experiência de vida), pois há muito o que queremos trazer para nossos amigos físicos. Queremos que vocês entendam a magnificência de seu Ser e que entendam quem-vocês-realmente-são e o motivo pelo qual vieram para essa dimensão física.
É sempre uma experiência interessante explicar a nossos amigos físicos aquelas coisas que são de natureza Não-Física porque tudo que oferecemos a vocês precisa ser traduzido através das lentes de seu mundo físico. Em outras palavras, Esther recebe nossos pensamentos, como sinais de rádio, num nível inconsciente de seu Ser e, então, traduz para palavras físicas e conceitos afins. É uma perfeita mistura do físico e do Não-Físico que está ocorrendo aqui. Como estamos aptos a ajudá-los a entender a existência do estado Não-Físico a partir do qual falamos, iremos auxiliá-lo, portanto, a entender mais claramente quem-vocês-são. Pois vocês são, de fato, uma extensão daquilo do qual somos.
Há muitos de nós aqui e estamos juntos por causa da compatibilidade de nossas intenções e desejos atuais. Em seu ambiente físico somos chamados de Abraham e somos conhecidos como professores (mestres), significando aqueles que são amplos em entendimento, que podem guiar outros para a amplitude do entendimento. Sabemos que palavras não ensinam, que apenas a experiência de vida ensina, mas a combinação da experiência de vida acompanhada das palavras que definem e explicam aquilata a experiência do aprendizado – e é nesse espírito que oferecemos essas palavras.
Há Leis Universais que afetam tudo no Universo – tudo que é Não-Físico e tudo que é físico. Essas Leis são absolutas, eternas e onipresentes (ou, em todo lugar). Quando você é consciente dessas Leis e tem uma compreensão funcional delas, sua experiência de vida é tremendamente gratificante. Na verdade, apenas quando você tem um conhecimento consciente funcional sobre essas Leis, você é capaz de ser o Criador Deliberado de sua própria experiência de vida.
Esther e Jerry Hicks
As autores começaram a divulgar em livros os ensinamentos passados pelos Seres Espirituais, denominados Abraham. O Objetivo principal do casal é inserir cada pessoas nas Leis Universais e nos processos práticos que o guiarão clara e precisamente à realização de seu estado natural de Bem-Estar. A leitura dos livros dará a única e benéfica experiência de escutar respostas poderosas e precisas à perguntas que venho acumulando em uma existência de perguntas. E o sucesso da utilização dessa filosofia baseada no contentamento da espiritualidade prática também o ajudará a guiar outros a viver qualquer coisa que eles considerem ser a vida perfeita.
Nosso caminho na Experiência com os Abraham: Pense e Enriqueça
EXTRAÍDO DOS LIVROS
Talvez a primeira experiência na busca de respostas práticas para minha lista crescente de perguntas tenha começado com a descoberta de um livro fascinante enquanto eu estava fazendo concertos em séries no colégio e na universidade em 1965. O livro repousava em uma mesa de centro no salão de entrada de um pequeno motel em Montana e lembro-me de um sentimento contraditório dentro de mim quando eu o peguei e olhei para as palavras na capa: “Pense e Enriqueça”, de Napoleon Hill.
Para mim, o titulo era desconcertante, pois, como muitos, fui ensinado a basear minhas impressões negativas sobre pessoas ricas como uma justificativa para minha própria falta de riqueza ou para a dificuldade em adquirir riqueza. Havia algo incontestável sobre aquele livro, entretanto. E após a leitura de 12 páginas, meus pelos resistiam e ondas de emoção percorriam minha espinha, de cima a baixo.
Agora entendemos que essas sensações físicas e viscerais são evidências confirmatórias de que estamos no caminho de algo de extremo valor, mas eu sentia que aquele livro despertou em mim o conhecimento de que meus pensamentos são importantes e de que minha experiência de vida reflete de alguma forma o conteúdo de meus pensamentos. O livro era instigante, interessante e me inspirou um desejo de tentar seguir as sugestões oferecidas – e eu fiz.
Utilizar os ensinamentos funcionou muito bem para mim, de tal forma que num breve espaço de tempo eu fui capaz de construir um negocio multinacional, dando-me a oportunidade de tocar as vidas de milhares de pessoas de forma significativa. Eu comecei até mesmo a ensinar os princípios que eu estava aprendendo. Mas embora eu tivesse pessoalmente recebido o incrível valor dos ensinamentos de mudança de vida contidos no livro de Napoleon Hill, muitas das vidas daqueles a quem eu estava ensinando não foram dramaticamente melhoradas como foi a minha, não importa quantos cursos eles frequentassem. Então, minhas pesquisas por respostas específicas continuaram.
Seth fala sobre criar sua realidade
Enquanto minha lista de perguntas para descobrir respostas significativas persistia e meu desejo de encontrar uma forma de ajudar os outros de forma mais efetiva a alcançarem seus objetivos aumentasse, eu fiquei temporariamente distraído de tudo isso por causa da nova vida que eu e Esther estávamos construindo juntos em Phoenix, no Arizona. Casamo-nos em 1980 após nos conhecermos por uns poucos anos e nos sentíamos inexplicavelmente compatíveis.
Vivenciávamos prazer, dia após dia, explorávamos nossa nova cidade, montávamos nossa nova casa e descobríamos nossa nova vida juntos. E embora não compartilhássemos a mesma sede por conhecimento ou minha fome por respostas, ela era ávida por vida, sempre feliz e uma excelente companhia.
Um dia, passando o tempo numa livraria, peguei um livro intitulado “Seth fala”, por Jane Roberts. E me pareceu que antes que eu pudesse tirar o livro da prateleira, meus pêlos começaram a se arrepiar de novo e de novo. E meu corpo foi percorrido por uma onda de avidez. Folheei as paginas do livro, pensando no que ele poderia conter que pudesse ser responsável por minha resposta emocional.
Durante o tempo em que Esther e eu estávamos juntos eu havia descoberto apenas um ponto de discórdia entre nós: ela não queria ouvir sobre minhas experiências com a Tábua de Ouija. Sempre que eu falava sobre o assunto, extremamente interessante (sob meu ponto de vista), ela deixava o ambiente. Ela havia sido ensinada durante sua infância a ter um medo tremendo de tudo que não fosse físico e, já que eu não a queria contrariar, parei de contar essas histórias, ao menos enquanto ela estivesse por perto. Assim, para mim, não foi realmente uma surpresa que Esther não quisesse ouvir sobre o livro “Seth fala” também....
“Você pode ler o livro se quiser”, Esther me disse, “mas, por favor, não o traga para nosso quarto”.
Sempre acreditei em julgar a árvore por seus frutos, então tudo que eu considero o faço a partir do ponto de como eu me sinto sobre determinada coisa...e havia muito do material de Seth que eu sentia ser exatamente para mim. Então, não fez nenhuma diferença para mim o fator de onde vinha ou como era apresentado. Essencialmente, eu sentia que havia encontrado informações valiosas que eu poderia usar – e que poderia passar adiante para as pessoas que eu acreditava que poderiam usar essas informações. Eu estava muito entusiasmado!
Meus medos foram sanados
Eu pensava que era sábio e educado da parte de Jerry não me empurrar os livros de Seth, pois eu realmente sentia uma forte aversão a eles. A idéia de uma pessoa estar em contato com um ser não-físico me fazia sentir extremamente desconfortável; então, desde que Jerry não quisesse me perturbar, ele poderia acordar cedo de manhã e, enquanto eu ainda estava dormindo, ler aqueles livros sozinho. Gradualmente, quando ele encontrava algo particularmente interessante para ele, gentilmente coloca nas conversas e em meu menor estado de resistência, eu normalmente ouvia o valor da idéia. Pouco a pouco, Jerry introduzia um conceito, e outro, e outro, até que comecei a sentir verdadeiro interesse por aqueles trabalhos magníficos. Com o tempo, eles se tornaram nosso ritual matutino. Sentávamos juntos e Jerry lia os livros de Seth para mim.
Meus medos não nasceram de nenhuma experiência pessoal, mas de informações que eu havia recebido, provavelmente de outros que as obtiveram de outros.
Analisando, agora parece totalmente ilógico eu ter tido aqueles medos. Em todas as ocasiões vivi uma mudança real de atitude assim que percebi que minha experiência pessoal era o alvo...tudo ficou bem.
Conforme o tempo passou, meu medo dos processos de Jane, ao receber a informação de Seth, diminuía, comecei a sentir uma imensa apreciação por aqueles livros maravilhosos. Na verdade, estávamos tão alegremente envolvidos com o que estávamos lendo que pensamos em viajar para New York para encontrarmo-nos com Jane e seu marido, Robert – e até mesmo com Seth!
Quão longe eu havia chegado nisso, de forma que realmente queria encontrar-me com esse Ser Não-Físico. Mas o número de telefone do autor dos livros não estava publicado, então não sabíamos exatamente o que fazer para marcar esse encontro.
Um dia, estávamos almoçando num café próximo a uma livraria em Scottsdale, no Arizona, e Jerry estava folheando um livro novo que havia acabado de comprar, quando um estranho sentado próximo a nós nos perguntou: “Você já leu alguns dos livros de Seth?”
Quase não acreditamos no que estávamos ouvindo, pois não havíamos dito a ninguém que estávamos lendo aqueles livros. Então, o homem falou “vocês sabem que Jane Roberts morreu?”
Lembro-me que meus olhos se encheram de lágrimas ao impacto dessas palavras.
Foi como se alguém tivesse dito que minha irmã estivesse morta e eu não estivesse sabendo disso. Foi um choque. Sentimo-nos desapontados, como se percebêssemos que agora não haveria meio possível de encontrarmos Jane ou Rob...ou Seth.
Sheila “canaliza” Theo
Alguns dias depois de saber da morte de Jane, nossos amigos e associados profissionais, Nancy e seu marido, e Wes, tivemos um jantar.
“Temos um tape que gostaríamos que ouvissem”, Nancy disse, colocando o K-7 em minhas mãos. O comportamento de nossos amigos parecia embaraçoso para mim; havia algo esquisito neles. Na verdade, tive a mesma sensação que havia sentido quando Jerry estava descobrindo os livros de Seth. Era como se eles tivessem um segredo que quisessem compartilhar, mas estivessem preocupados sobre como reagiríamos a essa partilha.
O que é isso? – perguntamos.
É uma canalização – Nancy sussurrou.
Não creio que Jerry ou eu alguma vez tenhamos escutado a palavra “canalização” naquele contexto.
Canalização? O que você quer dizer? – perguntei.
Conforme Nancy e Wes explicavam brevemente e de forma desconexa, eu e Jerry percebemos que eles estavam descrevendo o mesmo processo pelo qual os livros de Seth foram escritos.
“Seu nome é Sheila”, eles continuaram, “e ela fala por uma entidade de nome Theo. Ela está vindo para Phoenix e você pode marcar uma entrevista para falar com ela se você quiser”.
Decidimos marcar uma entrevista e ainda posso me lembrar de quão eufóricos estávamos. Estávamos numa bela casa em Phoenix (desenhada pelo arquiteto Frank Lloyd Wright). Era um dia claro e, para meu alívio, nada remotamente assombroso aconteceu. Tudo era confortável e agradável. Quando nos sentamos e tivemos a “visita” de Theo (bom, eu deveria dizer quando Jerry teve a visita de Theo – acho que não disse uma palavra durante aquele encontro), eu estava absolutamente surpresa!
Jerry tinha uma caderneta cheia de perguntas, algumas que ele havia dito que tinha guardado desde que tinha seis anos de idade. Ele estava tão excitado, fazendo perguntas após perguntas, às vezes interrompia no meio de uma resposta que o fazia ter mais uma pergunta antes de o tempo se esgotar. A meia hora passou tão rápido e nos sentíamos tão maravilhosos!
“Podemos voltar amanhã?”, eu perguntei, pois agora eu estava desenvolvendo uma lista de perguntas que, agora eu, queria fazer a Theo.
Devo meditar?
Quando voltamos no dia seguinte, perguntei a Theo (através de Sheila) o que podíamos fazer para nos movermos mais rápido em direção a nossos objetivos. Theo disse: “Afirmações”. E me deu uma maravilhosa: “Eu, Esther Hicks, vejo e atraio para mim, através do Amor Divino, os Seres que procuram iluminação através do meu processo. A partilha nos elevará a ambos, agora”.
Jerry e eu conhecíamos afirmações; já as usávamos. Então, perguntei “O que mais?”. Theo respondeu: “Medite”. Bom, pessoalmente eu não conhecia ninguém que meditasse, mas a idéia disso me parecia estranha. Não era algo que eu poderia me ver fazendo. Jerry disse que ele associava a meditação com pessoas analisando quão ruins suas vidas poderiam se tornar ou já eram – quantas dores ou pobreza elas poderiam admitir. Em minha mente, meditação pertencia à mesma categoria esquisita dos que andam sobre brasas quentes ou deitam em camas de pregos, ou se equilibram sobre um único pé durante todo o dia, com as mãos estendidas à espera de um donativo.
Mas, perguntei a Theo: “Bom, o que você quer dizer com ‘meditação’?”.
Theo respondeu: “Por 15 minutos diários, sente-se em um cômodo silencioso, use roupas confortáveis e foque em sua respiração. E quando sua mente vagar, e irá, simplesmente libere o pensamento e foque de volta em sua respiração”. Eu pensei: “Bom, isso não parece tão esquisito”.
Perguntei se eu poderia trazer nossa filha de 14 anos de idade, Tracy, para se encontrar com Theo e a resposta foi: “Se ela estiver pedindo, mas não é necessário, pois vocês também são canalizadores”. Lembro-me quão implausível aquilo parecia, como algo tão estranho em ser um canalizador – ou tão significativo – poderia não ter sido conhecido por nós até então. E então o tape terminou, indicando que, novamente, nosso tempo havia acabado.
Eu não podia acreditar quão rápido o tempo havia passado. Assim, conforme eu olhava para minha lista de perguntas ainda não respondidas, Stevie, a amiga de Sheila que estava regulando o gravador e tomando novas durante nossa conversa com Theo, talvez tenha notado minha frustração resignada, pois ela perguntou: “você tem uma ultima pergunta? Gostaria de saber o nome do seu guia espiritual?”.
Essa era uma questão que não havia me ocorrido, pois eu nunca tinha ouvido sobre esse termo, guia espiritual. Mas gostei do som e disse: “Sim, quem é meu guia espiritual?”.
Theo disse: “Fomos informados de que lhe será informado diretamente. Você terá uma experiência de clariaudiência e você saberá”.
Deixamos aquela linda casa naquele dia nos sentindo melhor do que podemos nos lembrar. Theo nos encorajou a meditar juntos. “Porque vocês são compatíveis, o processo será mais poderoso”. Assim, seguimos a sugestão de Theo, fomos diretamente para casa, colocamos nossos roupões de banho (nossa mais confortável roupa), fechamos as cortinas da sala de estar e nos sentamos com a intenção de meditar (fosse lá o que isso significasse). Lembro-me de ter pensado “vou meditar todo dia por 15 minutos e vou encontrar o nome de meu guia espiritual”. Eu me sentia estranha por estarmos fazendo aquela coisa esquisita juntos, sentávamos em grandes poltronas com um pequeno móvel entre nós, de forma que não podíamos nos ver.
Algo começou a me respirar
As instruções de Theo sobre o processo da meditação tinham sido breves: por 15 minutos diários, sente-se em um cômodo silencioso, use roupas confortáveis e foque em sua respiração. E quando sua mente vagar, e irá, apenas libere o pensamento e foque de volta em sua respiração.
Acertamos o cronômetro para 15 minutos e me sentei de volta em minha grande e confortável poltrona, focando-me em minha respiração. Comecei a contar minhas respirações, dentro e fora. Quase imediatamente comecei a sentir uma espécie de dormência sobre mim. Era uma sensação extremamente prazerosa. Gostei.
O cronômetro soou seu alarme e me assustei. Enquanto recuperava minha consciência de Jerry e do cômodo, exclamei “Vamos fazer de novo!”.
Ajustamos o cronômetro para mais 15 minutos e, novamente, senti aquela sensação maravilhosa de afastamento, ou dormência. Dessa vez eu não sentia a poltrona sob meu corpo. Era como se eu estivesse suspensa ali na sala e nada mais houvesse ali.
Colocamos o cronômetro para mais 15 minutos e, novamente, me abandonei àquela sensação deliciosa – e senti a incrível sensação de estar sendo respirada. Era como se alguma coisa investida de poder e amor estivesse enviando o ar para meus pulmões e, então, inspirando o ar de volta novamente. Percebo agora que aquele foi meu primeiro contato poderoso com os Abraham, mas naquele tempo tudo o que eu sabia era que algo muito mais amoroso do que qualquer coisa que eu houvesse experienciado antes estava fluindo através de todo o meu corpo. Jerry diz que quando ouviu a diferença de som em minha respiração, olhou ao redor do pequeno móvel e para mim; e pareceu-lhe que eu estava em estado de êxtase.
Quando o cronômetro soou e comecei a recuperar a consciência do ambiente, havia um sentimento de energia se movendo através de mim, algo que eu nunca havia sentido antes. Era a experiência mais extraordinária de minha vida e meus dentes zumbiam (não tremiam) por vários minutos.
Uma sequencia de eventos surpreendentes nos guiou a esse ainda quase inacreditável encontro com os Abraham: o medo irracional que eu havia carregado por toda a minha vida, sem base em minha própria experiência de vida foi liberado e substituído com o amor e com o encontro pessoal com a Fonte de Energia. Eu nunca havia lido nada que tivesse me dado alguma compreensão real sobre “o quê” ou o “quem” Deus era, mas eu sabia que o que eu tinha experienciado precisava ser aquilo, com certeza.
Nosso caminho na Experiência com os Abraham - Meus medos foram sanados
Meu nariz soletra o alfabeto
Por causa do poder e da emoção da experiência de nossa primeira tentativa, tomamos a decisão de separar 15 ou 20 minutos todos os dias para meditar. Assim, por aproximadamente nove meses, Jerry e eu sentávamos em nossas poltronas, silenciosamente respirávamos e sentíamos o Bem-Estar. E, então, logo após o Dia de Ação de graças de 1985, durante um período de meditação, experienciei algo novo: minha cabeça começou a se mover muito gentilmente. Aquela era uma sensação muito prazerosa em meu estado de abandono, sentir a sensação daqueles movimentos sutis. Era quase como um sentimento de vôo.
Eu realmente não pensava nada a respeito daquilo, exceto que eu sabia que não estava fazendo aquilo por minha conta e que aquela era uma experiência muitíssimo agradável. Minha cabeça se moveu daquela maneira por dois ou três dias, sempre que estávamos meditando e, do terceiro dia em diante, percebi que minha cabeça não estava se movendo sem propósito – eu estava na verdade soletrando letras com meu nariz como se ele estivesse escrevendo em uma lousa. Exclamei surpresa: “Jerry, estou soletrando o alfabeto com meu nariz!”.
Consciente de que algo notável estava acontecendo e de que alguém estava se comunicando comigo, ondas intensas de emoção moviam-se através de todo meu corpo. Nunca antes daquele momento eu tinha vivenciado a intensidade de tais sensações maravilhosas ondulando-se em meu corpo. E eles falaram: “Sou Abraham. Sou seu guia espiritual. Amo você. Estou aqui para trabalhar com você”.
Jerry pegou seu caderno de notas e começou a anotar tudo o que eu estava traduzindo conscientemente com meu nariz. Letra por letra, Abraham começou a responder às perguntas de Jerry, às vezes várias de uma vez. Estávamos tão eufóricos por ter feito contato com os Abraham dessa maneira!
Os Abraham começam a escrever o alfabeto
De certa forma, a comunicação era lenta e desconfortável, mas Jerry obtinha as repostas às suas perguntas e a experiência era absolutamente excitante para nós dois. Por algo em torno de dois meses, Jerry fez perguntas e os Abraham responderam guiando meu nariz, com movimentos de letras e Jerry ia escrevendo. Então, uma noite, estávamos deitados na cama e minha mão começou a bater suavemente no peito de Jerry. Fiquei surpresa, e disse a ele: “Não sou eu. Deve ser eles.” E senti um forte impulso de escrever.
Fui até minha máquina de escrever e pus minhas mãos sobre o teclado e, da mesma forma que minha cabeça havia se movido involuntariamente para soletrar as letras no ar com meu nariz, minhas mãos começaram a se mover no teclado de minha máquina de escrever. Elas se moviam tão rapidamente e com tal poder que pareceu algo alarmante para Jerry.
Ele permaneceu de pé, pronto a pegar minhas mãos se necessário, pois ele não queria que eu machucasse meus dedos. Ele disse que eles se moviam tão rápido que ele quase não podia vê-los. Mas não havia nada com o qual se alarmar. Meus dedos tocavam cada tecla, muitas, muitas vezes antes de começarem a escrever as letras do alfabeto e, então, começaram a escrever quase uma página com: “queroescreverqueroescrever”; em letras minúsculas e sem espaço ente as palavras. Aí, meus dedos começaram a escrever uma mensagem, devagar e metodicamente, pedindo para que eu fosse até a máquina de escrever por quinze minutos diariamente. Assim foi a comunicação pelos dois meses seguintes.
A datilógrafa se torna palestrante
Um dia estávamos dirigindo na estrada em nosso pequeno Cadillac Seville, e em ambos os lados havia um caminhão de 18 rodas e um trailer.
Essa parte da estrada não parecia estar bem pavimentada e quando nós três começamos a virar ao mesmo tempo, pareceu que ambos os caminhões estavam entrando em nossa pista. Pareceu-nos que estávamos para ser esmagados por aqueles veículos enormes. No meio da intensidade da emoção, os Abraham começaram a falar. Senti minha mandíbula apertada (não muito diferente da sensação do bocejo) e minha boca começou a, involuntariamente, formar essas palavras: “Pegue a próxima saída”. E foi o que fizemos.
Sentamo-nos num acostamento e Jerry conversou com os Abraham por muitas horas naquele dia. Foi excitante!
Embora eu estivesse mais confortável a cada dia conforme o processo de tradução dos Abraham se desenvolvia, pedi a Jerry que mantivéssemos aquilo como um segredo nosso, pois eu temia a forma como outros considerariam o que estava acontecendo comigo. Com o temo, no entanto, vários amigos mais íntimos começaram a se juntar para dialogar com os Abraham e mais ou menos um ano depois decidimos abrir esses ensinamentos ao publico, como ainda estamos fazendo.
A evolução de minha experiência em traduzir a vibração dos Abraham continua todo dia. A cada seminário, eu e Jerry nos sentimos surpresos com a clareza deles (dos Abraham), sabedoria e amor.
Um dia eu ri tanto por ter percebido isso: eu tinha tanto medo da Tábua de Ouija e agora sou uma!
A deliciosa experiência dos Abraham evolui
Nunca somos capazes de encontrar palavras adequadas para expressar o que sentimos por esse trabalho com os Abraham. Jerry sempre pareceu saber o que mais queria e encontrou formas de conhecer antes de encontrar os Abraham. Mas ele diz que os Abraham trouxeram ao entendimento dele a consciência de seu propósito aqui e uma clareza absoluta sobre como cumprir ou como não cumprir esse propósito e, com isso, o conhecimento de temos completo controle.
Não há interrupções ruins, dias de azar, tampouco necessidade de mover amarras movidas por alguém. Também, de que somos livres...somos criadores absolutos de nossa experiência – e amamos isso!
Os Abraham explicaram que meu marido e eu somos uma combinação perfeita para apresentar esses ensinamentos porque o poderoso desejo de Jerry de encontrar respostas para suas perguntas convocou os Abraham à nos, e eu fui capaz de aquietar minha mente e liberar resistência, de forma a permitir que as respostas viessem.
Levei bem pouco tempo para permitir que os Abraham começassem a falar através de mim. De meu ponto de vista, eu só mentalizo a intenção: Abraham, quero falar claramente suas palavras. E então eu foco em minha respiração. Em poucos segundos, posso sentir a clareza, o amor e o poder dos Abraham se elevando dentro de mim. E, então, começamos.
Minha conversa com os Abraham
Por Jerry Hicks
Essa aventura com os Abraham, através de Esther, continua a me deixar alegre, pois descobri uma fonte infindável de respostas às minhas, aparentemente infindáveis, perguntas, que minha própria experiência de vida continua gerando.
Nos primeiros vários meses após nosso encontro com os Abraham, Esther e eu reservávamos tempo, todo dia, para falar com eles. Conforme eu começava a trilhar meu caminho através de minha desenvolvida lista de perguntas, com o temo, quando Esther relaxou mais ante a ideia de ser alguém que podia aquietar sua mente e permitir que essa Inteligência Infinita fluísse através dela, começamos a, gradualmente, abrir o círculo de amigos e associados que podia se reunir para discutir os detalhes de suas vidas com os Abraham.
Apresentei minha lista de perguntas incendiárias aos Abraham assim que começamos a ter nossa experiência com eles. Espero que as respostas deles às minhas primeiras perguntas possam também satisfazer você. Claro que desde aquele momento em que os enchi com minhas perguntas, encontramos milhares de pessoas que foram bem mais adiante na profundidade delas e que fizeram suas próprias perguntas, somando-as à lista a qual os Abraham ofereceram seu amor e brilhantismo. Mas é aqui onde começo com os Abraham.
(Não tenho como entender como é que Esther é capaz de permitir que os Abraham falem através dela. De meu ponto de vista, Esther fecha os olhos e toma algumas poucas e profundas respirações. Sua cabeça faz um movimento de concordância, para cima e para baixo, gentilmente, e, então, seus olhos se abrem e os Abraham conversam comigo diretamente, como segue).
PERGUNTAS FEITAS AOS ABRAHAM:
Como não obter o que não quero?
Essa sociedade civilizada parece ter pouca alegria
As crenças de vidas passadas podem afetar minha vida atual?
Minhas expectativas negativas podem afetar o bem-estar dos outros?
Meu ponto de poder está exatamente no agora?
A Regra dos 68 Segundos para manifestar seus desejos, clicando aqui
Jerry, estamos ansiosos para responder sua longa lista de perguntas (deliberadamente preparada e lapidada a partir do contraste de suas experiência de vida), pois há muito o que queremos trazer para nossos amigos físicos. Queremos que vocês entendam a magnificência de seu Ser e que entendam quem-vocês-realmente-são e o motivo pelo qual vieram para essa dimensão física.
É sempre uma experiência interessante explicar a nossos amigos físicos aquelas coisas que são de natureza Não-Física porque tudo que oferecemos a vocês precisa ser traduzido através das lentes de seu mundo físico. Em outras palavras, Esther recebe nossos pensamentos, como sinais de rádio, num nível inconsciente de seu Ser e, então, traduz para palavras físicas e conceitos afins. É uma perfeita mistura do físico e do Não-Físico que está ocorrendo aqui. Como estamos aptos a ajudá-los a entender a existência do estado Não-Físico a partir do qual falamos, iremos auxiliá-lo, portanto, a entender mais claramente quem-vocês-são. Pois vocês são, de fato, uma extensão daquilo do qual somos.
Há muitos de nós aqui e estamos juntos por causa da compatibilidade de nossas intenções e desejos atuais. Em seu ambiente físico somos chamados de Abraham e somos conhecidos como professores (mestres), significando aqueles que são amplos em entendimento, que podem guiar outros para a amplitude do entendimento. Sabemos que palavras não ensinam, que apenas a experiência de vida ensina, mas a combinação da experiência de vida acompanhada das palavras que definem e explicam aquilata a experiência do aprendizado – e é nesse espírito que oferecemos essas palavras.
Há Leis Universais que afetam tudo no Universo – tudo que é Não-Físico e tudo que é físico. Essas Leis são absolutas, eternas e onipresentes (ou, em todo lugar). Quando você é consciente dessas Leis e tem uma compreensão funcional delas, sua experiência de vida é tremendamente gratificante. Na verdade, apenas quando você tem um conhecimento consciente funcional sobre essas Leis, você é capaz de ser o Criador Deliberado de sua própria experiência de vida.
Esther e Jerry Hicks
As autores começaram a divulgar em livros os ensinamentos passados pelos Seres Espirituais, denominados Abraham. O Objetivo principal do casal é inserir cada pessoas nas Leis Universais e nos processos práticos que o guiarão clara e precisamente à realização de seu estado natural de Bem-Estar. A leitura dos livros dará a única e benéfica experiência de escutar respostas poderosas e precisas à perguntas que venho acumulando em uma existência de perguntas. E o sucesso da utilização dessa filosofia baseada no contentamento da espiritualidade prática também o ajudará a guiar outros a viver qualquer coisa que eles considerem ser a vida perfeita.
Nosso caminho na Experiência com os Abraham: Pense e Enriqueça
EXTRAÍDO DOS LIVROS
Talvez a primeira experiência na busca de respostas práticas para minha lista crescente de perguntas tenha começado com a descoberta de um livro fascinante enquanto eu estava fazendo concertos em séries no colégio e na universidade em 1965. O livro repousava em uma mesa de centro no salão de entrada de um pequeno motel em Montana e lembro-me de um sentimento contraditório dentro de mim quando eu o peguei e olhei para as palavras na capa: “Pense e Enriqueça”, de Napoleon Hill.
Para mim, o titulo era desconcertante, pois, como muitos, fui ensinado a basear minhas impressões negativas sobre pessoas ricas como uma justificativa para minha própria falta de riqueza ou para a dificuldade em adquirir riqueza. Havia algo incontestável sobre aquele livro, entretanto. E após a leitura de 12 páginas, meus pelos resistiam e ondas de emoção percorriam minha espinha, de cima a baixo.
Agora entendemos que essas sensações físicas e viscerais são evidências confirmatórias de que estamos no caminho de algo de extremo valor, mas eu sentia que aquele livro despertou em mim o conhecimento de que meus pensamentos são importantes e de que minha experiência de vida reflete de alguma forma o conteúdo de meus pensamentos. O livro era instigante, interessante e me inspirou um desejo de tentar seguir as sugestões oferecidas – e eu fiz.
Utilizar os ensinamentos funcionou muito bem para mim, de tal forma que num breve espaço de tempo eu fui capaz de construir um negocio multinacional, dando-me a oportunidade de tocar as vidas de milhares de pessoas de forma significativa. Eu comecei até mesmo a ensinar os princípios que eu estava aprendendo. Mas embora eu tivesse pessoalmente recebido o incrível valor dos ensinamentos de mudança de vida contidos no livro de Napoleon Hill, muitas das vidas daqueles a quem eu estava ensinando não foram dramaticamente melhoradas como foi a minha, não importa quantos cursos eles frequentassem. Então, minhas pesquisas por respostas específicas continuaram.
Seth fala sobre criar sua realidade
Enquanto minha lista de perguntas para descobrir respostas significativas persistia e meu desejo de encontrar uma forma de ajudar os outros de forma mais efetiva a alcançarem seus objetivos aumentasse, eu fiquei temporariamente distraído de tudo isso por causa da nova vida que eu e Esther estávamos construindo juntos em Phoenix, no Arizona. Casamo-nos em 1980 após nos conhecermos por uns poucos anos e nos sentíamos inexplicavelmente compatíveis.
Vivenciávamos prazer, dia após dia, explorávamos nossa nova cidade, montávamos nossa nova casa e descobríamos nossa nova vida juntos. E embora não compartilhássemos a mesma sede por conhecimento ou minha fome por respostas, ela era ávida por vida, sempre feliz e uma excelente companhia.
Um dia, passando o tempo numa livraria, peguei um livro intitulado “Seth fala”, por Jane Roberts. E me pareceu que antes que eu pudesse tirar o livro da prateleira, meus pêlos começaram a se arrepiar de novo e de novo. E meu corpo foi percorrido por uma onda de avidez. Folheei as paginas do livro, pensando no que ele poderia conter que pudesse ser responsável por minha resposta emocional.
Durante o tempo em que Esther e eu estávamos juntos eu havia descoberto apenas um ponto de discórdia entre nós: ela não queria ouvir sobre minhas experiências com a Tábua de Ouija. Sempre que eu falava sobre o assunto, extremamente interessante (sob meu ponto de vista), ela deixava o ambiente. Ela havia sido ensinada durante sua infância a ter um medo tremendo de tudo que não fosse físico e, já que eu não a queria contrariar, parei de contar essas histórias, ao menos enquanto ela estivesse por perto. Assim, para mim, não foi realmente uma surpresa que Esther não quisesse ouvir sobre o livro “Seth fala” também....
“Você pode ler o livro se quiser”, Esther me disse, “mas, por favor, não o traga para nosso quarto”.
Sempre acreditei em julgar a árvore por seus frutos, então tudo que eu considero o faço a partir do ponto de como eu me sinto sobre determinada coisa...e havia muito do material de Seth que eu sentia ser exatamente para mim. Então, não fez nenhuma diferença para mim o fator de onde vinha ou como era apresentado. Essencialmente, eu sentia que havia encontrado informações valiosas que eu poderia usar – e que poderia passar adiante para as pessoas que eu acreditava que poderiam usar essas informações. Eu estava muito entusiasmado!
Meus medos foram sanados
Eu pensava que era sábio e educado da parte de Jerry não me empurrar os livros de Seth, pois eu realmente sentia uma forte aversão a eles. A idéia de uma pessoa estar em contato com um ser não-físico me fazia sentir extremamente desconfortável; então, desde que Jerry não quisesse me perturbar, ele poderia acordar cedo de manhã e, enquanto eu ainda estava dormindo, ler aqueles livros sozinho. Gradualmente, quando ele encontrava algo particularmente interessante para ele, gentilmente coloca nas conversas e em meu menor estado de resistência, eu normalmente ouvia o valor da idéia. Pouco a pouco, Jerry introduzia um conceito, e outro, e outro, até que comecei a sentir verdadeiro interesse por aqueles trabalhos magníficos. Com o tempo, eles se tornaram nosso ritual matutino. Sentávamos juntos e Jerry lia os livros de Seth para mim.
Meus medos não nasceram de nenhuma experiência pessoal, mas de informações que eu havia recebido, provavelmente de outros que as obtiveram de outros.
Analisando, agora parece totalmente ilógico eu ter tido aqueles medos. Em todas as ocasiões vivi uma mudança real de atitude assim que percebi que minha experiência pessoal era o alvo...tudo ficou bem.
Conforme o tempo passou, meu medo dos processos de Jane, ao receber a informação de Seth, diminuía, comecei a sentir uma imensa apreciação por aqueles livros maravilhosos. Na verdade, estávamos tão alegremente envolvidos com o que estávamos lendo que pensamos em viajar para New York para encontrarmo-nos com Jane e seu marido, Robert – e até mesmo com Seth!
Quão longe eu havia chegado nisso, de forma que realmente queria encontrar-me com esse Ser Não-Físico. Mas o número de telefone do autor dos livros não estava publicado, então não sabíamos exatamente o que fazer para marcar esse encontro.
Um dia, estávamos almoçando num café próximo a uma livraria em Scottsdale, no Arizona, e Jerry estava folheando um livro novo que havia acabado de comprar, quando um estranho sentado próximo a nós nos perguntou: “Você já leu alguns dos livros de Seth?”
Quase não acreditamos no que estávamos ouvindo, pois não havíamos dito a ninguém que estávamos lendo aqueles livros. Então, o homem falou “vocês sabem que Jane Roberts morreu?”
Lembro-me que meus olhos se encheram de lágrimas ao impacto dessas palavras.
Foi como se alguém tivesse dito que minha irmã estivesse morta e eu não estivesse sabendo disso. Foi um choque. Sentimo-nos desapontados, como se percebêssemos que agora não haveria meio possível de encontrarmos Jane ou Rob...ou Seth.
Sheila “canaliza” Theo
Alguns dias depois de saber da morte de Jane, nossos amigos e associados profissionais, Nancy e seu marido, e Wes, tivemos um jantar.
“Temos um tape que gostaríamos que ouvissem”, Nancy disse, colocando o K-7 em minhas mãos. O comportamento de nossos amigos parecia embaraçoso para mim; havia algo esquisito neles. Na verdade, tive a mesma sensação que havia sentido quando Jerry estava descobrindo os livros de Seth. Era como se eles tivessem um segredo que quisessem compartilhar, mas estivessem preocupados sobre como reagiríamos a essa partilha.
O que é isso? – perguntamos.
É uma canalização – Nancy sussurrou.
Não creio que Jerry ou eu alguma vez tenhamos escutado a palavra “canalização” naquele contexto.
Canalização? O que você quer dizer? – perguntei.
Conforme Nancy e Wes explicavam brevemente e de forma desconexa, eu e Jerry percebemos que eles estavam descrevendo o mesmo processo pelo qual os livros de Seth foram escritos.
“Seu nome é Sheila”, eles continuaram, “e ela fala por uma entidade de nome Theo. Ela está vindo para Phoenix e você pode marcar uma entrevista para falar com ela se você quiser”.
Decidimos marcar uma entrevista e ainda posso me lembrar de quão eufóricos estávamos. Estávamos numa bela casa em Phoenix (desenhada pelo arquiteto Frank Lloyd Wright). Era um dia claro e, para meu alívio, nada remotamente assombroso aconteceu. Tudo era confortável e agradável. Quando nos sentamos e tivemos a “visita” de Theo (bom, eu deveria dizer quando Jerry teve a visita de Theo – acho que não disse uma palavra durante aquele encontro), eu estava absolutamente surpresa!
Jerry tinha uma caderneta cheia de perguntas, algumas que ele havia dito que tinha guardado desde que tinha seis anos de idade. Ele estava tão excitado, fazendo perguntas após perguntas, às vezes interrompia no meio de uma resposta que o fazia ter mais uma pergunta antes de o tempo se esgotar. A meia hora passou tão rápido e nos sentíamos tão maravilhosos!
“Podemos voltar amanhã?”, eu perguntei, pois agora eu estava desenvolvendo uma lista de perguntas que, agora eu, queria fazer a Theo.
Devo meditar?
Quando voltamos no dia seguinte, perguntei a Theo (através de Sheila) o que podíamos fazer para nos movermos mais rápido em direção a nossos objetivos. Theo disse: “Afirmações”. E me deu uma maravilhosa: “Eu, Esther Hicks, vejo e atraio para mim, através do Amor Divino, os Seres que procuram iluminação através do meu processo. A partilha nos elevará a ambos, agora”.
Jerry e eu conhecíamos afirmações; já as usávamos. Então, perguntei “O que mais?”. Theo respondeu: “Medite”. Bom, pessoalmente eu não conhecia ninguém que meditasse, mas a idéia disso me parecia estranha. Não era algo que eu poderia me ver fazendo. Jerry disse que ele associava a meditação com pessoas analisando quão ruins suas vidas poderiam se tornar ou já eram – quantas dores ou pobreza elas poderiam admitir. Em minha mente, meditação pertencia à mesma categoria esquisita dos que andam sobre brasas quentes ou deitam em camas de pregos, ou se equilibram sobre um único pé durante todo o dia, com as mãos estendidas à espera de um donativo.
Mas, perguntei a Theo: “Bom, o que você quer dizer com ‘meditação’?”.
Theo respondeu: “Por 15 minutos diários, sente-se em um cômodo silencioso, use roupas confortáveis e foque em sua respiração. E quando sua mente vagar, e irá, simplesmente libere o pensamento e foque de volta em sua respiração”. Eu pensei: “Bom, isso não parece tão esquisito”.
Perguntei se eu poderia trazer nossa filha de 14 anos de idade, Tracy, para se encontrar com Theo e a resposta foi: “Se ela estiver pedindo, mas não é necessário, pois vocês também são canalizadores”. Lembro-me quão implausível aquilo parecia, como algo tão estranho em ser um canalizador – ou tão significativo – poderia não ter sido conhecido por nós até então. E então o tape terminou, indicando que, novamente, nosso tempo havia acabado.
Eu não podia acreditar quão rápido o tempo havia passado. Assim, conforme eu olhava para minha lista de perguntas ainda não respondidas, Stevie, a amiga de Sheila que estava regulando o gravador e tomando novas durante nossa conversa com Theo, talvez tenha notado minha frustração resignada, pois ela perguntou: “você tem uma ultima pergunta? Gostaria de saber o nome do seu guia espiritual?”.
Essa era uma questão que não havia me ocorrido, pois eu nunca tinha ouvido sobre esse termo, guia espiritual. Mas gostei do som e disse: “Sim, quem é meu guia espiritual?”.
Theo disse: “Fomos informados de que lhe será informado diretamente. Você terá uma experiência de clariaudiência e você saberá”.
Deixamos aquela linda casa naquele dia nos sentindo melhor do que podemos nos lembrar. Theo nos encorajou a meditar juntos. “Porque vocês são compatíveis, o processo será mais poderoso”. Assim, seguimos a sugestão de Theo, fomos diretamente para casa, colocamos nossos roupões de banho (nossa mais confortável roupa), fechamos as cortinas da sala de estar e nos sentamos com a intenção de meditar (fosse lá o que isso significasse). Lembro-me de ter pensado “vou meditar todo dia por 15 minutos e vou encontrar o nome de meu guia espiritual”. Eu me sentia estranha por estarmos fazendo aquela coisa esquisita juntos, sentávamos em grandes poltronas com um pequeno móvel entre nós, de forma que não podíamos nos ver.
Algo começou a me respirar
As instruções de Theo sobre o processo da meditação tinham sido breves: por 15 minutos diários, sente-se em um cômodo silencioso, use roupas confortáveis e foque em sua respiração. E quando sua mente vagar, e irá, apenas libere o pensamento e foque de volta em sua respiração.
Acertamos o cronômetro para 15 minutos e me sentei de volta em minha grande e confortável poltrona, focando-me em minha respiração. Comecei a contar minhas respirações, dentro e fora. Quase imediatamente comecei a sentir uma espécie de dormência sobre mim. Era uma sensação extremamente prazerosa. Gostei.
O cronômetro soou seu alarme e me assustei. Enquanto recuperava minha consciência de Jerry e do cômodo, exclamei “Vamos fazer de novo!”.
Ajustamos o cronômetro para mais 15 minutos e, novamente, senti aquela sensação maravilhosa de afastamento, ou dormência. Dessa vez eu não sentia a poltrona sob meu corpo. Era como se eu estivesse suspensa ali na sala e nada mais houvesse ali.
Colocamos o cronômetro para mais 15 minutos e, novamente, me abandonei àquela sensação deliciosa – e senti a incrível sensação de estar sendo respirada. Era como se alguma coisa investida de poder e amor estivesse enviando o ar para meus pulmões e, então, inspirando o ar de volta novamente. Percebo agora que aquele foi meu primeiro contato poderoso com os Abraham, mas naquele tempo tudo o que eu sabia era que algo muito mais amoroso do que qualquer coisa que eu houvesse experienciado antes estava fluindo através de todo o meu corpo. Jerry diz que quando ouviu a diferença de som em minha respiração, olhou ao redor do pequeno móvel e para mim; e pareceu-lhe que eu estava em estado de êxtase.
Quando o cronômetro soou e comecei a recuperar a consciência do ambiente, havia um sentimento de energia se movendo através de mim, algo que eu nunca havia sentido antes. Era a experiência mais extraordinária de minha vida e meus dentes zumbiam (não tremiam) por vários minutos.
Uma sequencia de eventos surpreendentes nos guiou a esse ainda quase inacreditável encontro com os Abraham: o medo irracional que eu havia carregado por toda a minha vida, sem base em minha própria experiência de vida foi liberado e substituído com o amor e com o encontro pessoal com a Fonte de Energia. Eu nunca havia lido nada que tivesse me dado alguma compreensão real sobre “o quê” ou o “quem” Deus era, mas eu sabia que o que eu tinha experienciado precisava ser aquilo, com certeza.
Nosso caminho na Experiência com os Abraham - Meus medos foram sanados
Meu nariz soletra o alfabeto
Por causa do poder e da emoção da experiência de nossa primeira tentativa, tomamos a decisão de separar 15 ou 20 minutos todos os dias para meditar. Assim, por aproximadamente nove meses, Jerry e eu sentávamos em nossas poltronas, silenciosamente respirávamos e sentíamos o Bem-Estar. E, então, logo após o Dia de Ação de graças de 1985, durante um período de meditação, experienciei algo novo: minha cabeça começou a se mover muito gentilmente. Aquela era uma sensação muito prazerosa em meu estado de abandono, sentir a sensação daqueles movimentos sutis. Era quase como um sentimento de vôo.
Eu realmente não pensava nada a respeito daquilo, exceto que eu sabia que não estava fazendo aquilo por minha conta e que aquela era uma experiência muitíssimo agradável. Minha cabeça se moveu daquela maneira por dois ou três dias, sempre que estávamos meditando e, do terceiro dia em diante, percebi que minha cabeça não estava se movendo sem propósito – eu estava na verdade soletrando letras com meu nariz como se ele estivesse escrevendo em uma lousa. Exclamei surpresa: “Jerry, estou soletrando o alfabeto com meu nariz!”.
Consciente de que algo notável estava acontecendo e de que alguém estava se comunicando comigo, ondas intensas de emoção moviam-se através de todo meu corpo. Nunca antes daquele momento eu tinha vivenciado a intensidade de tais sensações maravilhosas ondulando-se em meu corpo. E eles falaram: “Sou Abraham. Sou seu guia espiritual. Amo você. Estou aqui para trabalhar com você”.
Jerry pegou seu caderno de notas e começou a anotar tudo o que eu estava traduzindo conscientemente com meu nariz. Letra por letra, Abraham começou a responder às perguntas de Jerry, às vezes várias de uma vez. Estávamos tão eufóricos por ter feito contato com os Abraham dessa maneira!
Os Abraham começam a escrever o alfabeto
De certa forma, a comunicação era lenta e desconfortável, mas Jerry obtinha as repostas às suas perguntas e a experiência era absolutamente excitante para nós dois. Por algo em torno de dois meses, Jerry fez perguntas e os Abraham responderam guiando meu nariz, com movimentos de letras e Jerry ia escrevendo. Então, uma noite, estávamos deitados na cama e minha mão começou a bater suavemente no peito de Jerry. Fiquei surpresa, e disse a ele: “Não sou eu. Deve ser eles.” E senti um forte impulso de escrever.
Fui até minha máquina de escrever e pus minhas mãos sobre o teclado e, da mesma forma que minha cabeça havia se movido involuntariamente para soletrar as letras no ar com meu nariz, minhas mãos começaram a se mover no teclado de minha máquina de escrever. Elas se moviam tão rapidamente e com tal poder que pareceu algo alarmante para Jerry.
Ele permaneceu de pé, pronto a pegar minhas mãos se necessário, pois ele não queria que eu machucasse meus dedos. Ele disse que eles se moviam tão rápido que ele quase não podia vê-los. Mas não havia nada com o qual se alarmar. Meus dedos tocavam cada tecla, muitas, muitas vezes antes de começarem a escrever as letras do alfabeto e, então, começaram a escrever quase uma página com: “queroescreverqueroescrever”; em letras minúsculas e sem espaço ente as palavras. Aí, meus dedos começaram a escrever uma mensagem, devagar e metodicamente, pedindo para que eu fosse até a máquina de escrever por quinze minutos diariamente. Assim foi a comunicação pelos dois meses seguintes.
A datilógrafa se torna palestrante
Um dia estávamos dirigindo na estrada em nosso pequeno Cadillac Seville, e em ambos os lados havia um caminhão de 18 rodas e um trailer.
Essa parte da estrada não parecia estar bem pavimentada e quando nós três começamos a virar ao mesmo tempo, pareceu que ambos os caminhões estavam entrando em nossa pista. Pareceu-nos que estávamos para ser esmagados por aqueles veículos enormes. No meio da intensidade da emoção, os Abraham começaram a falar. Senti minha mandíbula apertada (não muito diferente da sensação do bocejo) e minha boca começou a, involuntariamente, formar essas palavras: “Pegue a próxima saída”. E foi o que fizemos.
Sentamo-nos num acostamento e Jerry conversou com os Abraham por muitas horas naquele dia. Foi excitante!
Embora eu estivesse mais confortável a cada dia conforme o processo de tradução dos Abraham se desenvolvia, pedi a Jerry que mantivéssemos aquilo como um segredo nosso, pois eu temia a forma como outros considerariam o que estava acontecendo comigo. Com o temo, no entanto, vários amigos mais íntimos começaram a se juntar para dialogar com os Abraham e mais ou menos um ano depois decidimos abrir esses ensinamentos ao publico, como ainda estamos fazendo.
A evolução de minha experiência em traduzir a vibração dos Abraham continua todo dia. A cada seminário, eu e Jerry nos sentimos surpresos com a clareza deles (dos Abraham), sabedoria e amor.
Um dia eu ri tanto por ter percebido isso: eu tinha tanto medo da Tábua de Ouija e agora sou uma!
A deliciosa experiência dos Abraham evolui
Nunca somos capazes de encontrar palavras adequadas para expressar o que sentimos por esse trabalho com os Abraham. Jerry sempre pareceu saber o que mais queria e encontrou formas de conhecer antes de encontrar os Abraham. Mas ele diz que os Abraham trouxeram ao entendimento dele a consciência de seu propósito aqui e uma clareza absoluta sobre como cumprir ou como não cumprir esse propósito e, com isso, o conhecimento de temos completo controle.
Não há interrupções ruins, dias de azar, tampouco necessidade de mover amarras movidas por alguém. Também, de que somos livres...somos criadores absolutos de nossa experiência – e amamos isso!
Os Abraham explicaram que meu marido e eu somos uma combinação perfeita para apresentar esses ensinamentos porque o poderoso desejo de Jerry de encontrar respostas para suas perguntas convocou os Abraham à nos, e eu fui capaz de aquietar minha mente e liberar resistência, de forma a permitir que as respostas viessem.
Levei bem pouco tempo para permitir que os Abraham começassem a falar através de mim. De meu ponto de vista, eu só mentalizo a intenção: Abraham, quero falar claramente suas palavras. E então eu foco em minha respiração. Em poucos segundos, posso sentir a clareza, o amor e o poder dos Abraham se elevando dentro de mim. E, então, começamos.
Minha conversa com os Abraham
Por Jerry Hicks
Essa aventura com os Abraham, através de Esther, continua a me deixar alegre, pois descobri uma fonte infindável de respostas às minhas, aparentemente infindáveis, perguntas, que minha própria experiência de vida continua gerando.
Nos primeiros vários meses após nosso encontro com os Abraham, Esther e eu reservávamos tempo, todo dia, para falar com eles. Conforme eu começava a trilhar meu caminho através de minha desenvolvida lista de perguntas, com o temo, quando Esther relaxou mais ante a ideia de ser alguém que podia aquietar sua mente e permitir que essa Inteligência Infinita fluísse através dela, começamos a, gradualmente, abrir o círculo de amigos e associados que podia se reunir para discutir os detalhes de suas vidas com os Abraham.
Apresentei minha lista de perguntas incendiárias aos Abraham assim que começamos a ter nossa experiência com eles. Espero que as respostas deles às minhas primeiras perguntas possam também satisfazer você. Claro que desde aquele momento em que os enchi com minhas perguntas, encontramos milhares de pessoas que foram bem mais adiante na profundidade delas e que fizeram suas próprias perguntas, somando-as à lista a qual os Abraham ofereceram seu amor e brilhantismo. Mas é aqui onde começo com os Abraham.
(Não tenho como entender como é que Esther é capaz de permitir que os Abraham falem através dela. De meu ponto de vista, Esther fecha os olhos e toma algumas poucas e profundas respirações. Sua cabeça faz um movimento de concordância, para cima e para baixo, gentilmente, e, então, seus olhos se abrem e os Abraham conversam comigo diretamente, como segue).
PERGUNTAS FEITAS AOS ABRAHAM:
Como não obter o que não quero?
Essa sociedade civilizada parece ter pouca alegria
As crenças de vidas passadas podem afetar minha vida atual?
Minhas expectativas negativas podem afetar o bem-estar dos outros?
Meu ponto de poder está exatamente no agora?
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